quarta-feira, 6 de março de 2013

Batidas desconhecidas.



É possível ouvir as batidas em seu peito,
Mas o que deve ser esse barulho?
Sempre achou que não tinha coração.
Desde menino, quando ainda era um tico de gente
Já não havia nada em seu peito.

Seu peito vazio remoia calafrios dentro de ti,
Até ria, imaginava como seria seu intimo...
Como aquelas cenas de faroeste,
Em uma cidade vazia, abandonada...
Flutuando bolas de poeiras e palhas levadas pelo vento.
Forte vendo em um peito seco,
Não entendia porque agora batia.

Mas lá estava ela!
Mesmo que sua acidez tentasse negar,
A bela moça estimulava tal desconforto.
Perto dela, não conseguia se quer esboçar seus risos ranzinzas,
Facilmente substituídos por sorrisos abobalhados.
Sua dor era forte, mas prazerosa...

Descobriu que tinha de fato um coração!
Mas o que faria agora? Nunca teve um...
Algo estava batendo em seu peito,
Expulsando as poeiras que vagavam.
Mas calado pensava... Nada como um amor,
Para ensiná-lo a usar o que não conhecia.

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