quinta-feira, 14 de março de 2013

Os Homens Baratos


Todas as luzes já se encontram apagadas.
As baratas perambulam pelos cômodos,
Entorpecidas pela sua dose de veneno diário
Vagam enlouquecidas...

Quantos homens baratos conheço?
Fadados ao embaraço noturno,
Embriagados pelo inseticida que lhes foi servido,
Escondem-se pelos cantos e buracos.   

Já não me recordo quantos homens conheço,
Constantemente esmagados a chineladas,
Vagam perdidos, alimentando-se das sobras,
Já não há mais saída,
Vivem tortuosamente, a espera do seu destino,
Ao encontro de qualquer calçado...
Vai-se mais um pobre coitado.  

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