terça-feira, 26 de novembro de 2013

Livre Passarinho

Encontro meu afago em seus olhos
Sem que precise ser minha
Nem guardada engaiolada.
Então ouço suas canções
E ao abrir a janela
Posso te reencontrar.
Pairando sobre mim
Desse jeito, assim...
Como o mais lindo passarinho
Que me prende livremente
Pela leveza em seu voar.

Já Não Há Desculpas

Às vezes me convém ser cético
(Mesmo acreditando em tudo)
E não admitir temer o além.

Às vezes é preciso dizer 
Que está tudo bem
E velar a dor.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Medo e Orações

Para alguém especial: 

Encontra-se um nó em meu coração
Sufocado sobre as lagrimas
Pelo medo de te perder 
E a vontade desesperada 
De que continue entre nós.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Entre Samba e Prantos

O meu samba hoje
É tecido em silencio
Das lembranças e momentos
Que me consomem por inteiro

Forjando as batidas
Em ritmos repicados
De pandeiros e tamborins
Vão chorando em lentidão

Enquanto vejo minha alma,
De olhos fechados no espelho
Calmamente em desespero

Só enxergo a solidão. 

Fahrenheit 451

As pessoas caminham em corpos vazios
Enquanto o cheiro de querosene espalha-se no ar
Levando os sorrisos, as lágrimas, as almas.

Mil fatos em obsolescências
Olhos de vidro; paginas em branco...
A Violência, naturalmente, é televisionada
E são os livros que viram indecência.

O menino prevê mais um espetáculo
No brilho das folhas, na fogueira
Queimando feito brasa
Em Fahrenheit 451.

Mas há alguma coisa de errado
Gemidos e gritos em meios aos livros
Que vivem e morrem queimados
Dentro de cada leitor apaixonado
Como à senhora que queima junto a eles

Filosofias, romances, nem contos
Nada mais faz sentido
Entre as cinzas de sua combustão
Flamejam em nome da lei.

O peso de suas banalidades
Expressadas superficialmente
Em nome de tudo que é princípio
Ardem mais homens na guerra
Do que livros nas lareiras.

Para que eles não morram em si
Leiam! Para que se torne parte deles
Então recite-os
Recite-se.

Teleologia

O presente obsoleto
Com os resquícios do passado
Já não nos serve mais

Todo principio tem seu fim
Nem mesmo guardado pelo destino
Mas nas praticas e lutas diárias
Dos braços que constroem a realidade

Pelo suor, pelo sangue, pela dor
No movimento dinâmico da vida
Renasce em nossos imos
O desejo pela mudança

Pois na essência de um sonhador
É onde brota suas utopias
E no sofrimento do seu amor
Por uma humanidade explorada
Lançamos a necessidade
De um dia transformá-la.