Tento fincar raízes como uma árvore frutífera
Que produz seus frutos sem razão
Sem almejar usufruir dos teus sumos
Como toda natureza que produz sem esperar
Embora o vento estremeça meus galhos
Alguns frutos ainda apodrecem sem cair
Sem se quer chegar ao solo para decompor
Nem alimentar nenhum pobre faminto
Que desesperado anseia por lhes saciar
Belas e brilhosas frutas vermelhas
Que instigam e matam a fome
E que remetem ao sangue do que por elas lutaram
Torno-me então mais uma árvore
Para que minha sombra chegue a todos.
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