O por do sol na favela
Que não se esconde entre o mar
E sim pelas casas sem reboco
Daqueles que não podem optar
Descansando para que chegue a lua
E batize toda cidade cinzenta
Com as luzes do morro
Que piscam em assimetria
Imêmore por tamanha
beleza
Não sabem das dores ali vividas
Pelo seu povo sofrido
Marcado pelo trabalho
Jogados aos buracos
De vida batalhada e difícil
Entre o samba e sacrifício
Nada os podem abalar
Nem as balas de fogo
Do comandante teimoso
Que os deseja exterminar
As palas são retas, seus papos também
Estreitando olhares misturados
Entre agoniadas e difusas formas de lidar
De favelados valentes
Mesmo preso a correntes
Não deixam de amar.
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