sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Eternidade dos Segundos


Toda vez que ela chamava teu nome,
O tempo parecia ficar mais lento,
Era possível ouvir as folhas tribularem,
Murmurando canções de amor em seus ouvidos.
Permanecia ali, parado, petrificado;
Eram apenas segundos de calafrios, com suas mãos gelando...
Mas para ele? Pareciam longos anos se arrastando em agonia;
Os segundos se transformavam em longas noites de insônia.
Seu coração palpitava cada vez mais forte,
Fazendo com que aquecesse seu corpo,
Mas não era o bastante, continuava a guardar tamanho sentimento.
Triste rapaz, tanto tempo admirando esses olhos,
Em um olhar que o calava, como se houvesse uma maça em sua boca,
As palavras pareciam não te ajudar... Vivia adiando.
Todos os latejos foram em vão,
Ela partiu, partindo também o coração do amante.
Agora ali se encontrava, olhando as luzes da cidade,
Cinzas do seu cigarro sendo levadas pelo vento a cada trago,
Ainda silencioso; pensativo; distante...
Esperando que um dia... Seu tempo voltasse a passar devagar.

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