terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Conversando com o espelho


O que há em você poeta?
A confusão toma conta do seu rosto
Tenta traduzir suas angustias em versos
Mas dentre todos eles...
Ainda não conseguiu se encontrar.

O que vê no espelho, poeta?
Todos os conflitos que encarnam em seu corpo
Deixam na sua face, marcas de agonia
Produzindo em si mesmo, infinitas expressões.

Estourando teu peito amargurado
Por sua miserável prisão social,
Fruto da sua desgraça remoída
Que consegue embaraça teus sonhos.
Mas não adianta fechar os olhos!
Essa não é a fuga do seu cárcere.

É inútil tentar te entender, meu caro.
Deixando preso em seu imo, tamanha agonia.
Acuando por si mesmo, em meio a tantas ilusões,
Esmagando em seu reflexo, todos os lamentos trancados.

Por mais intensos que sejam seus versos
Não conseguem expressar os nervos em seus olhos
Dono de um olhar nebuloso, ofuscado,
Sua maior inquietude... Vive em si mesmo.

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