sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Os espinhos do Zé


Seu Zé já não desfrutava da mocidade;
Andava cansado, tristonho, casmurro...
Acumulava dores em seu peito amargurado.
Olhava o mundo com lentes cinza,
Reclamava de tudo, até os cantos mais belos de um pássaro.

Um dia seu Zé amou;
Mas não chegastes a se casar, ter filhos...
Não! Continuava mesquinho,
Moendo, remoendo seus problemas,
Mas amou...
Há quem diga que seu Zé não sabe mais amar,
Talvez seja verdade.
Pois escondida entre os espinhos das suas palavras,
Adormece uma flor em seu coração,
Fruto do amor que não apagastes da memória.

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