quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Como um Pássaro


Às vezes me sinto como um pássaro,
Rasgando os céus em voos rasantes,
O vento que bate em minhas asas é a liberdade.
Sou morfologicamente criado para voar,
No céu não há limites!

Mas agora me encontro engaiolado
Meu lar; meus ares; todos me foram tirados.
Todos os dias, tristes dias, esperam que eu cante,
Mal sabem que meus assobios são de melancolia.
Minhas asas encontram-se cortadas,
A cada brecha que encontro,
Sinto-me impotente a arriscar a fuga.

Acumulo forças em mim mesmo,
Os perigos dos ares não me amedrontam mais,
Não tão quanto essas grades!
Nasci para voar,
Não posso estar fadado ao cárcere,
Afinal, por quais crimes sou acusado?

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